3 Dezembro 2020

O VLT de Niterói se concretiza, um projeto impulsionado pela Cooperação Técnica CODATU

CODATU acompanhou os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro de 2017 a 2019 em seus projetos de mobilidade urbana sustentável, em colaboração com a Agencia Francesa do Desenvolvimento (AFD). Esta cooperação técnica organizou workshops participativos, visitas de especialistas, instalações temporárias e financiou estudos de previabilidade. Permitiu impulsionar e orientar vários projetos inovadores liderados pelas autoridades brasileiras, entre os quais o do VLT de Niterói. Um ano depois da finalização da cooperação, voltemos a esse projeto cujo estudo de viabilidade inicia este mês.

A cooperação francesa acompanhou a Prefeitura de Niterói na identificação do projeto de VLT

A cooperação francesa, em contato com a Prefeitura de Niterói desde há vários anos, coordenou a participação do Prefeito e de alguns representantes de Niterói numa visita técnica em Bordeaux em 2016. Foi a oportunidade para eles conhecerem a rede de VLT desta cidade francesa e compreender as vantagens e os desafios.

Durante a cooperação técnica financiada pela AFD, a equipe da CODATU trabalhou em estreita colaboração com a equipe da Prefeitura de Niterói para precisar os objetivos do projeto de VLT. Apoiou, principalmente, a elaboração do termo de referência do estudo de préviabilidade.

Niterói é uma cidade de cerca de 480 000 habitantes, e aparece como o segundo polo econômico da Região Metropolitana de Rio de Janeiro (RMRJ). A futura linha de VLT será conectada à linha de BHLS Transoceânica e duas estações de transporte marítimo que ligam Niterói e a cidade de Rio de Janeiro. Passará pelo centro da cidade e pelos bairros situados ao longo da baía, que são as zonas mais densas de Niterói, mas também pelos bairros do setor norte da cidade, até ao limite geográfico com São Gonçalo, o município vizinho.

O estudo de préviabilidade foi finalizado em 2018

O estudo de préviabilidade do projeto de VLT de Niteroi foi financiado pela AFD e realizado em 2018 pelo consórcio composto por Egis Rail, Egis Engenheria e Consultoria e Sinergia. Este estudo compreendeu um estudo de demanda, a identificação do traçado e do modo de transporte, assim como uma análise econômica, técnica e institucional do projeto. CODATU apoiou a Prefeitura de Niterói no acompanhamento deste estudo, na revisão dos documentos entregues e na interação com o consultor.

Este estudo estabeleceu que o VLT é o modo que melhor responde à demanda de 5 700 pphpd (nas horas de pico), assim como as exigências de conforto, segurança, impactos ambientais e a melhoria urbanística. O consultor também chamou a atenção para a necessidade de trabalhar, posteriormente, na racionalização das linhas de ônibus municipais e intermunicipais, no desenvolvimento de uma rede de transporte em massa coerente (corredores de ônibus, metrô e novo terminal metropolitano), e sobre a implementação de um mecanismo de captação de valorização imobiliária para financiar o projeto.

O estudo de viabilidade começa este mês

O estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental do projeto de VLT de Niterói é financiado por um FASEP (Fundo de estudos e de ajuda ao setor privado) do governo francês e cuja gestão é feita pela CAF. A licitação ocorreu em agosto de 2020 e o consórcio vencedor é liderado pela consultoria DVDH, associada a SCE, Transamo, Richez_Associés e consultores brasileiros independentes.

O estudo começa este mês em Niterói e, com base aos resultados do estudo de préviabilidade, este tem por objetivos:

– promover o desenvolvimento de um sistema de transporte público sustentável de acordo com as realidades socioeconômicas da cidade,

– estabelecer o modelo de negócios e a estratégia de operação que permitirá maximizar o retorno sobre investimento,

– e melhorar a mobilidade dos habitantes dando especial atenção às populações vulneráveis.

 

Encontre aqui as principais produções da cooperação técnica CODATU – AFD – Estados de São Paulo e Rio de Janeiro:

Produção da cooperação técnica Brasil « A transição para uma mobilidade inclusiva e uma nova cultura urbana no Brasil »

O Foro do fim da cooperação técnica Brasil